Apoiador vira o jogo na Paraíba para 2 a 1, mas não evita a partida de volta. Vontade do Rubro-Negro carioca é mandar o duelo no Maracanã
Com 75% do Amigão à disposição, a torcida anfitriã fez a sua parte, lotou o estádio e jogou junto com o time da Raposa desde o início. Alternava gritos de incentivo e vaias a cada posse de bola do Flamengo. Só que mais importante que o apoio da arquibancada para o Campinense foi o fator sorte. A bola mal rolou no gramado irregular e saiu o gol dos anfitriões. Aos cinco minutos, Jeferson Maranhense arriscou de longe um chute torto, sem endereço, mas que desviou nas pernas de Renato Santos e enganou o goleiro Felipe. A vantagem relâmpago levou os rubro-negros paraibanos ao delírio, e o time, para a retranca. Com marcação atrás do meio de campo, os donos da casa cederam campo ao adversário e chamaram os cariocas para o ataque.
Com Hernane cercado e pouco espaço para criar, as opções do Fla eram as subidas de Elias e a velocidade de Rafinha. A segunda alternativa deu mais resultado.
Caindo pelos dois lados do campo, o rápido atacante construiu as melhores chances, inclusive a do gol de empate, ao sofrer falta na entrada da área. Com Renato Abreu, as bolas paradas voltaram a ser decisivas, mesmo com um laser da torcida local atrapalhando a visão do apoiador. Na primeira cobrança, o camisa 11 carimbou o travessão. Na segunda, aos 27, estufou a rede. O veterano soltou uma bomba, e o goleiro Pantera, que tentou encaixar no meio do gol, aceitou. A animada torcida se calou, e o Campinense, que só teve três finalizações no primeiro tempo, todas em chutes de longe, só não saiu no prejuízo porque Amaral, aniversariante do dia, furou o arremate na área após uma das poucas jogadas de Hernane.
Renato Abreu repete a fórmula, e Fla vira
As equipes voltaram modificadas para a etapa final, mas por motivos diferentes.
Aparentemente satisfeito, Jorginho trocou Amaral, com incômodo muscular, por Luiz Antonio. Já Oliveira Canindé, reclamando da passividade da equipe, mexeu na defesa e no ataque. Com Luis Paulo, o Campinense até apareceu mais à frente. Mas atrás, Tiago Granja não conseguiu impedir o volume de jogo do Fla, que com menos de dez minutos perdeu duas ótimas oportunidades: uma com Léo Moura, num chute rente à trave, e outra com o pé direito de Renato Abreu, por cima do travessão.
Mas nada que o pé esquerdo do volante não resolvesse. Aos 14, em nova cobrança de falta - sofrida pelo próprio jogador após arrancada desde o campo de defesa -, ele mandou no ângulo do goleiro Pantera, que ainda chegou a tocar na bola, mas não evitou a virada.
Apesar de ter falhado no primeiro gol, Pantera foi responsável por evitar a eliminação precoce do Campinense. Mesmo com defesas atabalhoadas, ele salvou chutes de Gabriel e Hernane. No Flamengo, Carlos Eduardo substituiu um exausto Rafinha e, mesmo sem justificar ainda sua contratação, mostrou mais mobilidade.
Nixon entrou já no fim, no lugar de um aplaudido Renato Abreu, mas pouco pôde fazer. Quem teve a chance de ouro de eliminar o jogo de volta foi González, aos 47 minutos. Mas a cabeçada do chileno acertou o pé da trave. No fim, a minoria torcida do Rubro-Negro carioca conseguiu ofuscar a maioria com gritos de "olé".
Veja abaixo os gols do jogo.
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