Presidente diz que pressão da torcida só prejudica o clube no mercado. Além
de Fabinho Capixaba, Luan e Valdivia são alvos dos torcedores
No comando do Palmeiras há uma semana, Paulo Nobre já teve de conviver com a primeira grande polêmica de seu mandato. Na última segunda-feira, o lateral-direito Fabinho Capixaba se envolveu em briga com torcedores de uma facção organizada do clube após o treinamento, em frente a sede social do Verdão.
Nesta terça-feira, o mandatário alviverde lamentou o ocorrido e diz que a pressão exagerada da torcida só prejudica o clube. Além do lateral-direito, que não vem sendo utilizado por Gilson Kleina e não veste a camisa do clube desde 2010, Valdivia e Luan são alvos de protestos por parte da torcida.
- Não havendo violência, não havendo ameaças, intimidação física, depredação do patrimônio, o torcedor tem sempre razão. Seria muito importante ter a torcida toda ao nosso lado hoje porque o time cresce quando isso acontece - disse o dirigente
A princípio, o clube não deve tomar medidas para coibir o atrito entre atletas e torcedores. Porém, Paulo Nobre admitiu que vai pedir bom senso aos atletas para que se evite novas polêmicas. De acordo com o dirigente, o apoio dos palmeirenses, ainda magoados com o rebaixamento, deve ser reconquistado dentro de campo.
- O que vamos fazer? Colocar um segurança com cada jogador? Precisamos ver a conscientização do torcedor, que fazendo isso não vai ajudar em nada. Que pressionando não vai ajudar. O elenco não tem dificuldade de conseguir o resultado por não ter vergonha. Não consegue porque tem dificuldade. Inicio de temporada é normal oscilar. O torcedor está muito chateado, auto-estima baixa pelo rebaixamento, mas passado já passou. Temos de entender que descarregar em cima do elenco não vai fazer voltar atrás. Esse atual elenco é o que vai trazer o Palmeiras de volta para a primeira divisão - afirmou.
O comportamento da torcida no último domingo, quando a arquibancada do Pacaembu se dividiu em críticas aos jogadores e apoio ao time durante a derrota contra o Penapolense, chamou a atenção e, na visão do presidente, só prejudica a equipe.
- Sou o primeiro a respeitar a outra metade que critica. O torcedor tem esse direito. Tem de ter um trabalho nosso para que aquele torcedor que ainda não está do nosso lado. Eu falo para os jogadores: demonstre comprometimento que o torcedor vai respeitar. Demonstre que você se orgulha de jogar no Palmeiras e que você valoriza esse momento da carreira. Cabe a nos trazer o torcedor para o nosso lado. Eu respeito em numero, gênero e grau o torcedor que critica - disse.
O principal temor de Paulo Nobre é que os incidentes envolvendo torcedores de uma facção organizada e jogadores - além de Fabinho Capixaba, o volante João Vitor foi agredido por palmeirenses no ano passado - prejudique o Verdão na busca por reforços.
- Tem jogador que fica inseguro de vir, alguns patrimônios do clube que querem ir embora. E quando o atleta que ir embora ele desvaloriza no mercado. Esse tipo de coisa só prejudica o clube. Gostaríamos que o torcedor entendesse isso - completou o dirigente.
A opinião:
O momento é de reformulação para o Palmeiras, e pelo que parece, o torcedor não vai ser tão paciente como o do Flamengo está sendo com a nova diretoria. No caso do Palmeiras, o problema não é com a diretoria em si, mas sim com os jogadores. No caso do Flamengo, o torcedor meio que ''esqueceu'' os jogadores que lá estão, para abraçar a nova diretoria. Só que o torcedor palmeirense tem que medir essa ira contra os jogadores, pois esta mesma ira pode afastar reforços como mesmo disse o presidente nesta entrevista. De quê adianta, ia pra frente do ct e cair na porrada com atleta? Isso não vai fazer você ser mais homem, ou que o jogador jogue melhor. A questão é o seguinte, o torcedor palmeirense tem que abraçar o time nesta libertadores e na série b. Pois como fez o Corinthians, esse rebaixamento pode ser degrau pra muita coisa lá na frente.
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